O artista visual Herê
Fonseca realizou uma performance no saguão do Centro Cultural da Universidade
Federal de Mato Grosso (UFMT) no dia 11 de junho, à tarde, dando início às
atividades culturais e artísticas do segundo dia da XVII Conferência Brasileira
de Folkcomunicação, em Cuiabá.
Enquanto membros da Rede
Folkcom e convidados realizavam mesas-redondas e promoviam debates sobre a
interface entre folkcomunicação e decolonialidade no Auditório do Centro
Cultural, Herê Fonseca começava a pintar, com esboços firmes e pincelas rápidas,
a tela que depois viria a ser exposta junto com outras atividades do dia.
A partir do imaginário
brasileiro sobre lendas e outras narrativas folclóricas, Herê Fonseca propôs
produzir, diante do público de pesquisadores e visitantes da Folkcom, uma tela
de 2 m x 2,5m, que aos poucos ganhava formas e cores.
O esboço da obra teve
participação dos conferencistas e visitantes que passavam pelo saguão. Herê
Fonseca perguntava aos observadores da performance de que elementos folclóricos
eles se lembravam ali naquele momento.
As informações do público,
reelaboradas pelo artista naquele momento, junto com sua própria vivência nos
interiores de Minas Gerais e de São Paulo, ganhavam atualização na tela, com
formas que sugerem a imaginação de seres fantásticos das lendas brasileiras. O resultado, que pôde ser
conferido horas mais tarde, apresentava uma tela com cores escuras, das quais
sobressaíam figuras geométricas das bandeirinhas de festas de santo e imagens
panorâmicas, em tons de amarelo, azul, vermelho com formas de personagens
lendários.
Herê Fonseca, que costuma
experimentar vários procedimentos poéticos, cria as próprias cores e tons de
cores, aplicando, na performance da Folkcom, pigmentos em tinta látex sobre
tela de madeira.
À noite, encerrada a fase de
pintura, a tela ficou exposta no saguão do Centro Cultural podendo ser vista
pelos conferencistas e visitantes da Folkcom. A tela, doada à UFMT, passa a
integrar o patrimônio da universidade e deverá ganhar um espaço no Instituto de
Linguagens.
Na exposição “O que é que a
cidade tem?”, no Museu de Arte e de Cultura Popular (MACP) da UFMT, há móbiles
feitos de papel marchê, outra experimentação poética também de autoria de Herê
Fonseca.
Herê Fonseca participou da
XVII Conferência Folkcom a convite da coordenação local e da direção artística
e cultural do evento.
Texto: Assessoria de Comunicação
Folkcom 2015
Foto: Ângela Coradini
Foto: Ângela Coradini
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